Uma revisão de 2020 dos desinfetantes para as mãos à base de álcool constatou o seguinte: os que continham 60 a 95% de álcool eliminam os germes com mais eficiência, desde que na quantidade de no mínimo 2,4 ml e aplicados por 25 a 30 segundos. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC) afirma também que os desinfetantes para as mãos à base de álcool devem conter pelo menos 60% de álcool para serem eficazes.
O etanol, principal componente dos produtos para desinfetar as mãos, é um eficaz produto para eliminar vírus, inclusive contra os da gripe.
Porém, estes ingredientes podem alterar a função de barreira da pele e desencadear reações alérgicas por serem bastante adstringentes.
Sempre existe o risco de formação de dermatite alérgica – que é uma erupção vermelha na pele. Isso ocorre porque o uso do gel para as mãos altera a microflora superficial da pele além de reduzir os óleos naturais da pele – as ceramidas (que são um tipo de gordura). O Dr. Ismat Nasiruddin, dermatologista britânico afirma: “O álcool é conhecido por irritar a pele e secar a pele, especialmente a pele sensível, danificada ou frágil, como o eczema”. Eczema é uma condição inflamatória da pele que causa coceira, secura e sensibilidade.
Isso, a longo prazo, levará a uma perda da proteção cutânea sem a hidratação da pele restaurada suficientemente.
Os quatro pilares mais importantes para o equilíbrio da pele são: Combinação de lipídeos na superfície; Fator de hidratação celular; Presença de um manto levemente ácido superficial; União justa entre as células da pele.
Uma excelente recomendação em tempos de coronavírus é nutrir a pele com o creme para as mãos após a utilização do álcool em gel. A loção hidratante pode ser aplicada sobre a pele, logo após 3 a 5 minutos da utilização do álcool em gel. A hidratação pode ser potencializada através da aplicação antes de dormir.
1(Alcohol Sanitizer. Authors Gold NA1, Avva U2. Source StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPea