A carreira executiva como opção para o médico na indústria farmacêutica

De um lado, o chamado à medicina em uma de suas formas mais admiráveis: a pediatria, que evoca a proteção e o cuidado numa das fases de maior vulnerabilidade humana. De outro, a atração pelo universo das corporações: estratégia, liderança, gestão e negócios num cenário de competição acirrada.

Nosso protagonista é o médico Dr. Ricardo Lourenço que, até dois anos atrás, conciliava as atividades na medicina com as demandas de executivo. Hoje, ele preside os negócios no Brasil, de uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo, a indiana Lupin. Para ele, seu principal diferencial é a capacidade de entender a “cabeça de médico” e a forma como esse profissional toma as decisões, no dia a dia. “Uso a vivência médica como ferramenta de negócios”, explica Ricardo.

Essa vivência que começou com a formatura e especialização em UTI pediátrica e neonatal, na década de 1990, foi aos poucos se transformando com a experiência adquirida no mercado de trabalho em empresas de medicina de grupo e em multinacionais farmacêuticas. Mas para ser visto como um “cara de negócios”, como pretendia, Ricardo estudou Finanças e fez MBA em Administração.

Como gerente médico, gerente de novos negócios e estratégia, diretor de novos negócios reforçou suas habilidades com a visão científica do médico que já havia sentado atrás da mesa. Hoje defende a formação mais ampla do profissional na graduação. “A medicina tem hoje uma visão muito clara de custo-benefício, de processos e padronizações. Uma formação administrativa para o médico é fundamental, até para ele gerenciar o próprio consultório, negociar com provedores de saúde, hospitais e medicina de grupo”, acrescenta.

Estabelecendo as conexões

A escuta atenta é tão essencial no relacionamento com o paciente quanto no ambiente corporativo, por isso, entre as habilidades que não pode faltar ao médico e que faz a diferença também na gestão de pessoas é a capacidade de se comunicar de maneira eficaz. “Na pediatria, é ainda mais intenso. Na neonatologia, por exemplo, é preciso saber ler os sinais e sintomas do paciente que não fala, considerar o nível de ansiedade, estresse e compreensão dos familiares. Isso gera integração e empatia”, avalia.

Como profissional da saúde, Ricardo tem predileção pela medicina crítica, a emergência e a UTI. Segundo ele, isso mantém altos os níveis de adrenalina, foco e atenção, atributos muito bem-vindos no mundo corporativo. Coincidência ou não, nas atividades como executivo, ele também consegue fazer a conexão com a pediatria, a medicina do início da vida. “Gosto de pegar uma coisa do rascunho, transformar numa realidade e enxergar um horizonte de futuro diferente”, afirma Ricardo, que é funcionário número três da Lupin, no Brasil.

Em 2015, ele foi convidado para fazer o startup das operações da empresa no país, liderando, em seguida, o processo de aquisição da Medquímica. “O médico que se dedicar a uma carreira administrativa tem bastante chance de sucesso”, conclui Ricardo Lourenço.

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Sobre a Medquímica

A Medquímica Indústria Farmacêutica é uma empresa com mais de 40 anos de mercado e, em 2015, foi integrada ao Grupo Lupin, companhia global dos segmentos farmacêutico e dermocosmético.

No Brasil, desenvolve uma extensa linha de medicamentos sólidos, semissólidos e líquidos, divididos nas linhas OTC e Suplementos alimentares; Genéricos e genéricos de marca; linha Hospitalar e linha Dermatológica.

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